terça-feira, 10 de maio de 2011

Somente mais um na estatística

Dias destes, li sobre um copro encontrado no morro, caído numa viela!
Diziam mães  que choravam ao redor do corpo, é sempre assim na favela!
Meu filho não era bandido, era somene um excluido social,
Nao, entendo era um menino querido, dizem que isto foi coisa de "polícia",
Mas como se não era ladrão, e se polícia nao mata meninos de bem!
Quando assim ocorre, nao culpa do estado mas da Milicia!
Que levaram de mim, meu sonho, minha infância, meu querido nenem!
Perguntei ao delegado e ao gorvernador, o que ele fez!
Certamente, ele fez a mesma coisa que nossas autoridades farão,
Nada! Morto no gueto, caido no chão, ignorado pela desfaçatez
De nosso governo burguês!

Então veio a ONG, vamos fazer uma passeta, um movimento,
Como se isto traria meu de volta meu rapaz, e aliviria meu sofrimento,
Protestar pela paz, com o nariz ainda sujo do pó,
e os olhos vermelhos da fumaça da maconha,
Por favor, seu governante, tenha piedade, tenha dó
Nao omisso, não seja sem vergonha!

Hoje enterremos uma menino, porém na maternidade  aqui de perto,
Muitas outras mães concebem meninos de futuro incerto,
Para receberem em suas costas a culpa de uma sociedade corrupta,
Julga a todos nós nascidos no morro de filhos... bem deixa pra lá!
Pra que falar se na verdade em nada isto vai mudar!

Mudar, como... se  a droga do morro e usada pela turma branca do asfalto
enquanto o negro e pobre morre com tiro pelas costas e a mão pro alto?
Onde, estão os consumidores, quando a policia sobe o morro,
Onde estão os heróis, batman, supermen e até o zorro?
Andem venham logo, posso ser a próxima vitima, neste país,
Onde eu mato ou morro!!

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